sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

São Silvestre: mais que uma corrida, uma celebração!

E lá se foram os tempos românticos das corridas de rua...


Minha recordação mais antiga da corrida de São Silvestre remonta ao ano de 1983. Naquela noite de 31 de dezembro, eu tinha 12 anos de idade e estava na capital com meu pai. Ele era fotógrafo, tinha ido a São Paulo para trabalhar no réveillon e me levou junto. Me recordo de ter ido à Avenida Rio Branco assistir a passagem dos atletas. Era uma mistura de atletas profissionais, amadores, anônimos, gente com fantasia, vestida de noiva...Aquilo me deixou maravilhado e já me imaginei participando daquela prova no futuro.

Mais do que isso, assistir a passagem dos corredores na São Silvestre me incentivou a começar no atletismo, no ano seguinte. Exatamente um ano depois, lá estava eu participando da minha primeira São Silvestre, em 31 de dezembro de 1984. Tempos românticos das corridas de rua, quando a prova ainda era noturna, com largada às 23h05 na avenida Paulista, 900, em frente à Cásper Líbero. O percurso, de 12 km, era invertido em relação ao atual: descíamos a Brigadeiro Luiz Antonio e a subida era pela rua da Consolação.

Voltei a disputar a prova em 1986, com 15 anos de idade. Após um longo intervalo de 27 anos, retornei à SS em 2013 e tenho participado todos os anos. Essa será a minha sexta Corrida de São Silvestre.

Os puristas das corridas de rua reclamam que a prova perdeu competitividade, virou uma rave, um evento social, etc. Para mim, a São Silvestre sempre será vista como mais que uma corrida, uma celebração, uma oportunidade de agradecermos pelo ano que termina e desejar bom augúrio no ano que começa. Sempre haverá provas para quem busca performance. Mas, se não ampliarmos a porta de entrada para quem quer deixar o sedentarismo de lado e buscar uma vida saudável, de que valia terão todas essas corridas?

Abaixo, a minha camiseta personalizada que fiz para a São Silvestre desse ano!

Um Feliz Ano Novo a todos!




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